PORTFÓLIO - PSICOLOGIA B
O que são os processos cognitivos?
A cognição é qualquer forma de conhecimento e consciência que cada um de nós adquire, tais como: perceber, aprender, imaginar, memorizar, resolver problemas, entre outras...
A mente está dividida em processos, sendo eles: os processos cognitivos que permitem o conhecimento, ligando os meios externos e internos e que nos permitem responder à pergunta "o quê?"; os processos emocionais que estão ligados ao sentir, com a dimensão afetiva e sentimental que nos permite responder à pergunta "como?" e os processos motivacionais ou conativos que estão ligados à vontade e intenção à qual realizamos as ações e permite-nos responder à pergunta "porquê?".

Sensação e Perceção
Sensação e perceção são conceitos distintos, mas fazem parte de um processo contínuo.
A sensação corresponde à reação dos órgãos recetores sensoriais aos estímulos (da audição, visão, olfato, paladar, tato) do meio ambiente que permitem a transformação da energia de um estímulo (luminoso, mecânico ou químico) num impulso elétrico.
A perceção corresponde à organização e interpretação da informação sensorial recebida, ao qual irá construir representações mentais, sendo um processo cognitivo. Esta apresenta regras de perceção (distinção entre figura/fundo; agrupamento das unidades percetivas, constância percetiva e ilusões).

Ilusões de ótica
Memória e Atenção
A memória corresponde à habilidade para adquirir e preservar a informação com base em processos mentais: codificar (transformar informação em códigos), armazenar (arquivar informação) e recuperar (acesso à informação). Esta memória está dividida em 3 compartimentos, começando pela Memória Sensorial (MS), sendo esta que permite conservar características físicas de um estímulo durante milésimas de segundo. Segue-se a Memória a Curto Prazo (MCP) considerada centro da consciência e é extremamente útil e ativa permitindo a exploração da memória sensorial que tende a durar cerca de 20 segundos, mas ainda contribui para manter presente a informação que se encontra na Memória a Longo Prazo (MLP).
A MCP envolve a atenção que é a capacidade de focar em algo que está dividida em atenção seletiva (fazer tarefas simples) e atenção dividida (tentamos focar em mais do que uma tarefa); A MLP é aquela que é considerada a nossa memória, pois permite armazenar todos os conhecimentos tendo uma capacidade bastante alargada. Existem dois tipos: memória implícita ou procedimental (procedimentos e ações, hábitos e capacidades motoras) e memória explícita ou declarativa (sabemos por termos lembrança) e esta está dividida em memória episódica ou autobiográfica (história pessoal) e memória semântica (cultura geral).
O fenómeno do esquecimento é muito importante para a memória, pois esta não seria capaz de reter todos os acontecimentos, logo está constantemente a adquirir e a esquecer. Este esquecimento pode estar ligado a lesões que danificam partes da memória, como por exemplo, o alzheimer.
Existem teorias sobre o esquecimento, sendo elas: a teoria da interferência (com novas informações esquecemos as anteriores) e a teoria da degradação (vai desaparecendo gradualmente).


Esquecimento
Aprendizagem
A aprendizagem é considerada como uma mudança relativamente estável e duradoura dos nossos comportamentos ou das nossas capacidades individuais que são adquiridas através da observação, experiência ou estudo. Esta estabilidade da aprendizagem conclui que cada mudança, seja ela qual for, tem de ser persistente, afetando o comportamento, ou seja, terá de modificá-lo. Nem sempre o que aprendemos é observável.
A aprendizagem está dividida em 2 tipos: comportamental e cognitiva.
A comportamental corresponde à aprendizagem por condicionamento clássico (associação entre 2 estímulos). É utilizada para antecipar um evento, em que um organismo através de um processo de treino e aprendizagem sabe que um estímulo condicionado provoca uma resposta condicionada (Pavlov - estudo com cães); e corresponde também à aprendizagem por condicionamento operante (associação entre 1 estímulo e 1 comportamento) repetindo ou evitando o comportamento consoante produza bons ou maus resultados (Thordike - caixa-problema).
A cognitiva corresponde à aprendizagem por insight que diz respeito à descoberta repentina de uma solução (Kohler - chimpanzés); à aprendizagem latente que se manifesta apenas quando necessária (Tolman - ratos) e à aprendizagem por observação e imitação que é tudo o que aprendemos com os outros (Bandura - humanos).

Estudo de Pavlov sobre a aprendizagem por condicionamento clássico
Inteligência
A inteligência pode ser associada a várias noções, sendo um conceito complexo, mas está associada a capacidade que uma pessoa tem para assimilar conhecimentos, recordá-los, utilizar o pensamento e a razão, aprender com a experiência e enfrentar os problemas do quotidiano e ainda à forma como nos adaptamos estabelecendo prioridades.
A meu ver, todos somos inteligentes, cada um à sua maneira, em que com todos os tipos de inteligência, QI (quociente de inteligência), inteligência prática/corporal, social (relacionada com os outros) e inteligência emocional (que gera as emoções) uns têm um QI mais elevado e outros uma inteligência mais social, sem podermos afirmar que uma pessoa não tem inteligência, porque tem.
Existem teorias da inteligência: a teoria bifatorial (Spearman); a teoria multifatorial (Thurstone); a teoria da inteligência múltiplas (Gardner) e a teoria triárquica (Sterneberg), todas elas com características diferentes.
